Contusão muscular, o que fazer?

A contusão muscular ocorre quando um músculo é submetido à uma força súbita de compressão como por exemplo, um golpe direto. Mais uma vez, você poderá utilizar o PRICE inicialmente e buscar orientação com seu Fisioterapeuta.

Operou a coluna? E agora?

A cirurgia da coluna vertebral é um procedimento realizado nos casos em que o tratamento conservador não surtiu efeito, fundamentando-se no tamanho e extensão da lesão discal, radicular e articular. É sabido que, 80 a 90% dos pacientes com problemas na coluna, dor, com ou sem comprometimento da função melhoram com tratamento conservador em média até seis semanas após o início das intervenções terapêuticas. Nesse contexto, nos casos de dor recorrente, com limitação funcional ou urgência neurológica (perda da força muscular/sensibilidade), o tratamento cirúrgico se impõe.

O papel da fisioterapia iniciará no período PRÉ-OPERATÓRIO, com educação do paciente quanto aos movimentos que deverão ser evitados após a cirurgia, preparo da musculatura estabilizadora que auxiliará na recuperação funcional e treino de transferências posturais.

O segundo momento, PÓS-OPERATÓRIO se caracteriza como a fase manutenção e cicatrização dos tecidos, sendo uma parte essencial para auxiliar o paciente a minimizar as perdas funcionais após a cirurgia. Nesse período, realizamos os ajustes biomecânicos necessários para que a coluna vertebral se recupere de forma adequada. O acompanhamento fisioterapêutico passa por etapas como:

  • Controle da dor após a cirurgia
  • Treinamento neuromuscular da musculatura estabilizadora da coluna
  • Exercício físico para a manutenção e recuperação da funcionalidade
  • Treinamento para retorno à condição funcional e mecânica sem compensações
  • Educação sobre a realização de exercícios físicos e prática esportiva após o procedimento cirúrgico e redução da recidiva.

Distensão muscular, o que fazer?

É uma lesão provocada pelo alongamento excessivo das fibras musculares. As distensões (estiramentos) musculares ocorrem com maior frequência nos músculos da coxa (compartimento anterior, posterior e interno), além da panturrilha. São mais frequentes em corredores e jogadores de futebol devido à grande exigência dessa musculatura nessas modalidades esportivas. Geralmente acontece na junção entre o músculo e o tendão, em decorrência da pouca resistência muscular nessa região. A lesão pode ser classificada em grau I, II ou III, de acordo com a gravidade da lesão, quantidade de fibras musculares envolvidas e comprometimento da função do músculo afetado.

 

Sinais e Sintomas

Grau I – ocorre um estiramento de uma pequena quantidade de fibras musculares, sem danos funcionais à musculatura. A dor localizada é o principal sintoma, ficando evidente normalmente durante a contração muscular. Esse grau de lesão tem um bom prognóstico e resolução rápida.

Grau II – há lesão em até 50% das fibras musculares. Os sinais e sintomas presentes são: dor, hemorragia intramuscular, inchaço (aumento de volume) e comprometimento da função muscular. O tratamento fisioterapêutico leva um pouco mais de tempo e inclui recuperação funcional prévia à lesão.

Grau III – ocorre ruptura total ou quase completa do músculo, que geralmente tem comprometimento de quase a totalidade da sua função. A dor pode ser intensa e há perda de função considerável. Os sinais como hemorragia e inchaço são acentuados.

O tratamento fisioterapêutico nas distensões musculares se baseia no período inflamatório que o paciente se encontra, o grau de comprometimento funcional e as consequências para o sistema musculoesquelético. Trabalhamos para restaurar as habilidades motoras e funcionais de forma plena.   Aqui você pode também utilizar o PRICE inicialmente e buscar auxilio com seu Fisioterapeuta.

Torceu o joelho, e agora?

A articulação do joelho recebe grandes cargas devido ao suporte do peso do corpo, além de ser submetida à grandes forças de aceleração (aumento de velocidade) e desaceleração (redução de velocidade) nas atividades diárias. Essa dinâmica articular se acentua quando se trata de atividades esportivas, nas quais o joelho precisa ser capaz de realizar diversos movimentos como correr, saltar, chutar, sustentar carga, mudar rapidamente de direção. Nessas sequências de movimentos, a articulação pode sofrer diversos tipos de lesões, podendo ser causadas por esforços repetitivos ou algum tipo de trauma. O entorse de joelho ocorre quando um movimento articular ultrapassa o seu limite fisiológico e sobrecarrega os ligamentos e também a cápsula articular. Na maioria dos casos a entorse é considerada de grau leve provocando dor, inchaço (aumento de líquido) e sinais de instabilidade articular. Contudo, quando a entorse é grave, pode ocasionar lesão ligamentar, meniscal, condral (cartilagem) e até sinovite reativa (líquido no joelho). O mecanismo mais comum é quando o pé permanece fixo no solo e o joelho faz um movimento brusco para dentro, gerando uma torção da articulação, como se fosse um “pivô em valgo”, gerando lesão no ligamento cruzado anterior (LCA). A gravidade da entorse depende da energia que o produziu, podendo comprometer as estruturas em três diferentes graus:

Grau I – poucas fibras são danificadas e, na grande maioria dos casos, cicatriza  naturalmente

Grau II – um número mais considerável de fibras são danificadas, mas o ligamento, normalmente, ainda não perdeu a estabilidade.

Grau III – aqui o ligamento já rompeu totalmente

O TRATAMENTO para as entorses agudas leves, cursa com o uso de PRICE: Proteger, Repousar, Ice – gelo, Comprimir e Elevar o membro. O gelo pode ser colocado por 20 minutos 3 a 4 vezes ao dia. A diminuição da descarga de peso durante as atividades de vida diária utilizando um meio auxiliar de locomoção pode ser um grande aliado na proteção articular, Consulte o seu Fisioterapeuta/ Médico Ortopedista.

O tratamento fisioterapêutico para as lesões apresenta resultados muito satisfatórios, utilizando recursos para o controle da dor, diminuição do edema e inflamação, seguido de correção e adequação da biomecânica, melhora dos padrões de movimento fisiológico, treino de gesto esportivo. Além disso, a fisioterapia trabalha na investigação das causas que levaram a ocorrência desse trauma, realizando os ajustes biomecânicos necessários tanto para a recuperação funcional do indivíduo, quanto para evitar futuros traumas.

Torcicolo

O torcicolo é definido como uma tensão involuntária dos músculos do pescoço provocado por postura inadequada ao dormir ou pela utilização excessivo do computador, causando dor no lado do pescoço e dificuldade para movimentar a cabeça. É normal que, em pessoas com torcicolo, a cabeça fique projetada para um lado e o queixo para o outro. Fatores como ansiedade e estresse também podem causar tensão nos músculos e levar a um torcicolo. Os principais sintomas são:

  • Redução dos movimentos do pescoço
  • Dor em apenas um lado do pescoço
  • Dor intensa ao movimentar a cabeça
  • Dor pode atingir a região dorsal
  • Dor sensível ao toque

 

O ideal é identificar a origem do distúrbio e corrigi-la, utilizar técnicas que aliviem o músculo que está sofrendo. Poderemos realizar o diagnóstico correto da origem da sua dor e tratar as estruturas do sistema musculoesquelético que estão sofrendo.

Travou a coluna? O que fazer?

Alguns episódios de dor podem aparecer de forma aguda, intensa e geralmente podem dar a sensação de estar “travado”, sem conseguir mudar de posição.  O mais comum é o paciente que foi fazer um esforço em flexão do tronco, dobrando para frente na tentativa de pegar um objeto no chão e “travou”. Esse episódio trata-se de um mecanismo de defesa do próprio corpo ao tentar imobilizar total ou parcialmente a região da coluna lesionada.  O travamento funciona como um aviso de que algo não está bem naquele local. Ainda, a perda momentânea de movimento nada mais é do que uma proteção do próprio organismo para a coluna no momento de dor. Pode ocorrer irradiação da dor para membros superiores ou inferiores, causando um desconforto considerável.

Nesses casos deve-se evitar a posição que intensificar os sintomas,  acomodar-se em posição de alívio e procurar o mais rápido possível um fisioterapeuta para ajudá-lo a solucionar o problema.

Hérnias discais, como tratar?

A hérnia de disco é uma lesão que ocorre no disco intervertebral localizado entre uma vértebra e outra. A localização mais comum da hérnia lombar é no disco que fica entre a quarta e quinta vértebra lombar (L4/L5) e entre a quinta vértebra e o sacro (L5/S1), mas pode ocorrer também na cervical e torácica.

As hérnias podem ser PROTUSAS, quando o disco intervertebral se alarga, mas contém o líquido gelatinoso no seu centro, EXTRUSAS, quando há o rompimento desse anel fibroso e o conteúdo gelatinoso interno ou núcleo pulposo sai por meio de uma fissura na membrana, havendo perda de contato dos fragmentos extravasados com o seu meio interno e SEQUESTRADAS quando rompe a parede do disco e o líquido gelatinoso migra para dentro do canal medular, para cima ou para baixo. Além da pressão na raiz nervosa, provoca inflamação e compressão contínua nessa estrutura anatômica.

 

 

Os principais sintomas de hérnia de disco são:

  • Dor na coluna vertebral há mais de três meses;
  • Coluna desviada para algum dos lados (direita e esquerda) quando está em crise;
  • Dor noturna que piora durante o período de sono e que mantem presente ao acordar;
  • Dor que piora ao ficar em pé com a uma das pernas estendida;
  • Dificuldade significativa para ficar sentado por mais de 10 minutos;
  • Redução de força muscular em uma das pernas ou nas duas;
  • Impossibilidade de ficar na ponta do pé com uma das pernas;
  • Dor, formigamento ou dormência em um ou ambos os membros;
  • Extrema dificuldade para segurar a urina;
  • Rendimento reduzido e falta de ânimo para a realização de atividades rotineiras;
  • Dor de cabeça associada à dores na região da nuca e que se prolongam para os ombros;
  • Dificuldades para se locomover ou levantar algum objeto.

Quando o paciente já experimentou um dos sintomas acima, o ideal é investigar a causa das dores e outros sintomas que podem estar presentes, com o auxílio de um Fisioterapeuta ou Médico Especialista. O objetivo dessa medida é fazer com que a origem do problema, e não apenas as consequências, sejam tratadas adequadamente de forma efetiva e duradoura. O tratamento do paciente com hérnia de disco está apoiado em uma avaliação fisioterapêutica criteriosa, baseada em uma metodologia científica focada em corrigir a postura, reduzir o tecido de volta à sua origem, abolir a dor, reequilibrar as estruturas articulares, musculares, tendíneas e nervosas, manter e melhorar a força muscular e a funcionalidade do paciente. Utilizamos métodos terapêuticos baseados em evidências científicas atuais, para devolver a funcionalidade e a qualidade de vida.

Você sente dores na coluna?

A dor na coluna vertebral é um sintoma comum, sendo que aproximadamente 80% das pessoas experimentam ou experimentarão dor nas costas durante a vida. Atualmente essa incidência tem aumentado em decorrência de postura inadequada, excesso de peso entre outros fatores. As regiões da coluna que podem ser afetadas são: cervical (cervicalgia), torácica (dorsalgia) e lombar (lombalgia ou lomboaciatalgia).

Se tratando da lombalgia, ela está entre algumas das razões mais frequentes de incapacidade e afastamento do trabalho. Os sintomas que aparecem na coluna, podem ter diferentes etiologias, desde um desequilíbrio de movimento até causas degenerativas. A principal causa é a degeneração de elementos da coluna, como o disco intervertebral. Essa estrutura está localizada entre as vértebras da coluna vertebral e funciona como uma espécie de “amortecedor” das cargas que elas sofrem diariamente, garantindo a boa mobilidade da coluna. Com o envelhecimento e a falta de condicionamento físico, o disco tende a acentuar o seu desgaste, não resistindo às tensões que são exercidas sobre ele.

O tratamento para os problemas da coluna vertebral compreende uma série de quesitos, como orientações sobre posturas viciosas que comprometem a saúde do sistema musculoesquelético, reeducação corporal para evitar sobrecargas articulares, reequilibrar as regiões da coluna que estão sofrendo sobrecarga, para recuperar sua biomecânica fisiológica.  Com esses pontos de tratamento, o próprio corpo tem a capacidade de curar-se, na maioria das vezes sem precisar de medicamentos. Dentro desse contexto, o ideal é passar por uma avaliação fisioterapêutica e tratar as causas que estão gerando esses sintomas, para que você tenha uma melhor qualidade de vida, livre de dores. Nós podemos lhe ajudar!